Crepúsculo

No crepúsculo suave de uma pequena cidade, Julia caminhava pelas ruas tranquilas, perdida em seus próprios pensamentos. O aroma doce das flores silvestres flutuava no ar, enquanto as luzes de rua começavam a se acender, pintando uma cena idílica. Seu coração palpitava ao ritmo lento de uma melodia invisível.

Enquanto passava por uma livraria aconchegante, seus olhos se fixaram em um livro na vitrine. Era uma coletânea de poemas, um tesouro que ela sabia que deveria possuir. Ao entrar, os sinos tilintaram suavemente, anunciando sua chegada. Um homem alto de cabelos escuros e olhos intensos, que estava atrás do balcão, levantou o olhar do livro que lia.

“Posso ajudá-la?” Ele perguntou com um sorriso gentil.

Julia se sentiu repentinamente envergonhada, mas o desejo de possuir aquele livro a impulsionou a superar a timidez. “Eu gostaria de comprar essa coletânea de poemas, por favor.”

Os olhos do homem brilharam com uma chama que ela não conseguia entender completamente, mas ele assentiu e trouxe o livro até o balcão. “É uma escolha maravilhosa. Os poemas são como janelas para os corações poéticos.”

Durante a transação, trocaram sorrisos tímidos e palavras educadas, mas havia algo mais, algo que pairava no ar como a promessa de uma história não contada. Julia sentiu uma conexão instantânea, como se tivesse encontrado alguém que entendia os segredos que ela mesma mantinha escondidos.

Ao sair da livraria, a noite havia caído completamente, e as estrelas brilhavam no céu escuro. Julia seguiu seu caminho, ainda segurando o livro contra o peito. No entanto, quando se virou para agradecer ao livreiro, percebeu que ele estava ali, ao seu lado.

“Posso acompanhá-la até em casa?” Ele perguntou, seu tom suave carregado de uma promessa delicada.

E assim começou uma jornada inesperada. Enquanto caminhavam pelas ruas silenciosas, compartilharam histórias, sonhos e risadas. Julia sentia que estava flutuando em uma bolha de encantamento, onde o tempo parou para permitir que dois estranhos se conhecessem profundamente.

Ao chegarem à porta de Julia, ela olhou para o homem de cabelos escuros e expressou sua gratidão. Ele segurou suavemente a mão dela e disse: “Às vezes, as histórias mais bonitas começam com um simples encontro.”

Antes de se despedirem, ele sussurrou um verso de um dos poemas do livro que ela comprara. Os versos eram como notas musicais que dançavam ao redor deles, criando uma trilha sonora para o começo de algo novo e emocionante.

E assim, sob o manto estrelado daquela noite, Julia abriu a porta de sua casa com um sorriso nos lábios, enquanto o homem de cabelos escuros desaparecia na escuridão, deixando para trás a promessa de muitos capítulos por vir.

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